Nesta magnífica ruína da vida, meu desejo se encontra numa tarde nublada.
Uma pilha de livros ao lado, e um canto confortável para sonhar.
Está em abrir um livro e ler da primeira à última página sem piscar. Fechar o livro e já ter outro para socorrer. Ler por dias e dias, ofuscando a solidão tumultuosa.
E então quando na alma já houver tantas e tantas palavras, incontáveis reflexões formuladas, frases feitas e malfeitas. Trocar por breves momentos a pilha de livros por pilhas de papéis em branco. Para que nesses papéis, faça reviver todas as palavras antes que elas morram dentro de mim. Percorrer folhas avulsas sem piscar os olhos, num único folego.
E depois de muito escrever, voltar a muito ler.
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